Uma Feira no Sertão!


No meio da feira de sábado no sertão é aquele corre-corre de gente circulando com seus balaios na cabeça, feirantes chamando a freguezia mostrando seus produtos goiaba, mamão, banana, jerimum caboclo, manga, abacaxi, todo tipo de hortaliças e verduras, cheiros e aromas dos mais diversos, na maior variedade sertaneja. A feira no sertão é um colírio para os olhos, remontam de séculos e a sua tradição vem dos países orientais, europeus que contribuíram com a cultura nordestina de forma imensurável. A feira tem de tudo, desde arreios e selas para animais de montaria, temperos, mudas de plantas, vestuários, cadeiras, tamboretes e mesas de madeira, foice, enxada e cambitos, panelas de barro, cerâmicas das mais diversas, comidas típicas, rapadura, carnes secas, miúdos, e galinhas, perús, bodes e porcos que são vendidos vivos, peixes e tudo que alguem possa imaginar. Não falta na feira a figura do Repentista e sua viola puxando um galope, um verso bem ritmado; emboladores de coco e sua verve sertaneja; camelôs de toda a sorte com suas cobras e animais de estimação estimulando a venda de seus xaropes e milagrosas porções, desde o óleo de Piraqué a banha do peixe-boi, raízes amargas como a batata-purga, semente de pau-ferro, milona, alfazema brava, Quina-quina, etc...
Este é o retrato de uma feira no sertão com suas particularidades e seus elementos indispensáveis à sua tradição e à sua continuidade para a memória sertaneja.

Edilberto Abrantes.

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