O Jumento é nosso Irmão"

                              O homem do sertão está trocando o jegue pela motocicleta na sua lida diária. Não há mais serventia nenhuma para o jegue, o jumento que outrora carregava no lombo o desbravamento das terras sertanejas, da caatinga e sua aridez tórrida, com barricas de água potável para matar a sede do homem do campo, e o seu sofrimento perene com longas distancias a serem vencidas para chegar até açudes e cacimbas, riachos e poços na peleja de uma seca no sertão paraibano.
O jumento que tanto contribuiu para o desenvolvimento do nordeste, que tantas viagens a sol e poeira nos olhos fez carregando tropeiros, doentes, desbravadores do sertão, Cangaceiros e  Mascates, Missionários, Visionários e religiosos, e pau e pedra e tijolos, e materiais diversos como cadeira, mesa, vestuários, e todo tipo de quinquilharia que lhe era colocado sobre as costas, agora vive nas estradas soltos perigosamente pela mão criminosa e a irresponsabilidade de alguns sertanejos, que para se ver livre do animal,  solta nas estradas e periferias das cidades causando grandes transtornos e acidentes gravíssimos nas rodovias federais e estaduais, ceifando vítimas inocentes dia após dia e nada se faz para por um ponto final nesta situação crítica e perigosa causada pela ação predatória do homem lobo do homem.
Se faz necessário urgente olhar com bons olhos para esses animais vítimas da ação nociva do crime e da perversidade que muitas vezes matam o animal com pedradas, facadas e até ateando fogo no animal que tanto contribuiu para o desenvolvimento do nordeste e do sertão.Se a lei protege os direitos humanos que não são humanos quando maltratam os animais, como não punir pela violência praticada contra o jumento?
"O jumento é nosso irmão já dizia o Pe. Antonio Vieira."
Edilberto Abrantes

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