Ao som dos clarins

Eu ouvia a discussão amplificada por um sistema de rádio difusora local instalado nas principais ruas e avenidas da cidade nos postes de iluminação pública. Era uma discussão acalorada no plenário da câmara municipal entre dois vereadores, dois representantes do povo: Um da situação e outro da oposição.
 - O senhor é venal caro colega...
 - E o senhor é um demagogo que não sabe o que diz!
 - Eu? eu estudei até a sexta série, vossa excelência é que é um analfabeto!
 - Analfabeto sim, corruto não!
 -Corrupto não, quem é venal é quem é corrupto!
 -O senhor pode não ser venal, mas é corrupto desde que nasceu...
 - Eu vou sair no braço com o senhor vereador!
 - Comigo não! Saia no braço com sua mulher... comigo é na bala!
E foi aquele disse me disse, aquele queira não queira, aquele cala a boca danado e foram todos parar no boteco da esquina que é o lugar onde sempre acaba sessão da câmara de vereadores de muitas cidades pequenas Brasil afora e não se resolve nada sério, e não se discute nada e não se cobra nada da população, dos executivos municipais; não se institui nada relevante que possa contribuir para melhorar a vida do cidadão cada dia mais solitário no seu cotidiano de pagador de impostos.
Justifica-se uma câmara de vereadores ter um gasto de mais de R$: 1.000.000 Hum Milhão de Reais ao mês com funcionários e não resolver nada, ou melhor, não trabalhar para justificar essa despesa?
Estamos igual o vereador que chamou o colega de demagogo e não sabia o significado da palavra, pois pagamos uma conta e não procuramos justificativa para o débito.

Edilberto Abrantes. 

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