O Jumento é pre-histórico!

      Com o progresso e a urbanização desenfreada das cidades, o estímulo ao consumo, as transformações sociais, as mudanças no campo com os projetos agrícolas para produção em grande escala de alimentos, com as queimadas na florestas e a destruição da mata atlântica, da destruição da caatinga e do serrado sem falar na tecnologia das motocicletas que substituiu o jumento no transporte do homem do campo e também como ferramenta de trabalho, que resultou na dispensa do jegue dos afazeres domésticos de um sítio e consequentemente no seu abandono. O jumento não vale um tostão furado para o pequeno agricultor e o matuto, hoje proliferando nas rodovias federais e estaduais e estradas vicinais, ceifando vidas com acidentes fatais e também causando sérios transtornos nas cidades do interior, sendo um calo para os gestores públicos que veem o animal protegido pelo Ibama como um problema para as cidades sertanejas.
Não adianta ir à caça dos jegues, pois não há lugar para tantos animais soltos pelas estradas nordestinas, criminosamente solto por proprietários sem o menor escrúpulo.
O jumento está se transformando num animal pré-histórico que todo mundo fala , mas ninguém quer.

Edilberto Abrantes.  

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