Cidadania, o que é isto?

Quando a gente pensa em construir, em dividir responsabilidades para atingir determinados objetivos a gente pensa com o consciente coletivo, com objetivos comuns na realização de propósitos e metas pre-estabelecidas para atender uma demanda geral, mesmo que tenhamos que usufruir desse investimento a longo prazo como assim faz os asiáticos como os japoneses, os singapurenses, os coreanos que já tiveram em seus territórios o estigma da catástrofe da guerra ideológica, etnica, a guerra pelo poder. 
Esses países, embora tenham um passado de violência com guerras e disputas territoriais, ainda sofrem com catástrofes da natureza como terremotos, tsunamis, vendavais e furacões, chuvas torrenciais e alagamentos, invernos rigorosos com temperaturas baixíssimas que aumentam os riscos de mortes nas estradas e grandes prejuízos à população como falta de água potável e escassez de alimentos.
Mesmo com todos esses problemas os asiáticos são um povo organizado, solidário e planeja a vida urbana em suas cidades como um espaço em que todos os cidadãos possam desfrutar de bem estar social respeitando o patrimônio coletivo. O homem é um animal que não consegue conviver sozinho distante da civilização; por isso, é necessário que o cidadão contribua com o ambiente em que vive de forma sustentável, dando a sua contribuição de zelar e respeitar pelo espaço urbano que é um direito de todos.
Em Singapura, um simples chicle adams no chão é sinônimo de chibatadas no lombo de quem ousar sujar o chão!
Na Holanda urinar em local público dá cadeia e multa! Nos EUA dirigir bêbado dá processo e cana sem direito a fiança; aqui, quantos morrem nos finais de semana, vítimas de irresponsáveis bêbados ao volante? Uma festa pública é sinônimo de toneladas de lixo por aqui... De quem é a culpa? do cidadão ou do poder público? se o cidadão erra, é culpa do estado que não disciplina; se o estado multa, é arbitrário por não educar o cidadão antes de impor a multa!
Perdemos a nossa condição racional de enxergar as coisas mais elementares e responsáveis para a construção de uma vida melhor para todos, em função de interesses próprios de um grupo ou de uma elite mal acostumada em cumprir direitos e deveres e, de uma liberdade perigosa para o cidadão, que de forma paternalista está sendo induzido a ficar à margem do que é lícito para viver de forma libertina sem respeitar direitos, patrimônios públicos ou privados, instituições, regras e normas necessárias para a vida em sociedade.
Estamos vivendo numa sociedade contemporânea com padrões de cidadania de tempos medievais, em que a força e a violência era a lei do mais forte.
Cidadania, o que é isto?

Edilberto Abrantes.

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