O Povo e a alienação
Não é a toa que os presídios estão cheios,
superlotados e com a população carcerária crescendo dia-a-dia; não é a toa que
os hospitais públicos não conseguem atender á demanda de doentes e pessoas
carentes de serviços médicos; não é a toa que o nosso povo vive mal nas favelas
das periferias das cidades, embaixo dos viadutos, em palafitas sobre os esgotos,
rios poluídos, morando na rua sem condições higiênicas e de sobrevivência; não
é a toa que as delegacias, os juizados, os tribunais estão cheios de processos,
reclamações, ações para serem julgadas em defesa ou contra este ou aquele.
Não
é a toa, porque as escolas de nosso país estão aí em ruínas, caindo, em
crescente falência e o nosso povo não quer estudar, crescer, se desenvolver
culturalmente, preferindo receber a esmola governamental do governo federal e
se anular culturalmente, negando o direito à alfabetização e ao aprendizado, de evoluir como ser humano e cidadão que participa do desenvolvimento social de sua cidade, de sua comunidade e região com o seu crescimento como pessoa através do conhecimento e da educação.
As
manifestações populares em defesa da educação e da cultura não são absorvidas
pela população, o que não acontece com as manifestações partidárias e políticas
que pagam para os bobos da corte dançar e comer do pão que o circo da
alienação serve a este povo cada dia mais distante de uma consciência
desenvolvida em prol do crescimento intelectual. Cultura cresce, alienação não.
Edilberto Abrantes.
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