Médico diz que paracetamol pode levar paciente de dengue à morte
Larvas do Aedes aegypt |
Martina Cavalcanti
cidades@eband.com.br
Um e-mail que circula pela internet alerta para os perigos do consumo de paracetamol, o tylenol, por pessoas com sintomas de dengue. Segundo a mensagem, o medicamento é responsável por piorar o quadro do paciente, podendo até levar à morte por insuficiência hepática.
O remédio é indicado pelo Ministério da Saúde para tratamento de sintomas da dengue, como febre e dor. O órgão defende que o paracetamol tem efeitos adversos mais favoráveis quando usado em doses terapêuticas.
O médico, pesquisador e professor da Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto), Renan Marino, citado como fonte das informações do e-mail, confirmou o alerta. Segundo ele, o paracetamol afeta o fígado do paciente. “A dengue causa hepatite e paracetamol também causa hepatite química. Dessa forma, o paciente pode morrer e vai ser erroneamente diagnosticado com dengue hemorrágica, quando foi causada por paracetamol.”
O especialista afirmou, ainda, que a medicação é cada vez mais incriminada como tóxica ao redor mundo, sendo que seu uso foi considerado a maior causa de transplante de fígado na Inglaterra e nos Estados Unidos. “Não tem um trabalho no mundo dizendo que pode usar paracetamol na dengue”, afirmou. “O que está por trás disso? Preservar a vida das pessoas não é”, questionou. Para Marino, a indicação do medicamento se deve a um suposto lobby no Ministério da Saúde.
Outros dois médicos, o toxicologista Anthony Wong, do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas, e o infectologista da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), Luís Alberto Marinho também já deram depoimentos públicos contra o uso do medicamento. Wong chegou a dizer que não sabe o motivo pelo qual o remédio ainda continua sendo comercializado.
Ministério da Saúde
Já de acordo com o Ministério da Saúde, o uso do paracetamol em pacientes com dengue e com doença hepática “pode ser realizado de forma segura sem agravamento do quadro”. Em nota enviada ao eBand, o órgão defendeu que a insuficiência hepática não é específica da dengue e que a hepatite fulminante causada pela doença é “raríssima”. “O paracetamol tem sido preferencialmente usado na prática clínica devido a menor indução de irritação digestiva”, justificou o ministério.
O órgão ressaltou ainda que a recomendação de uso do paracetamol é feita aos médicos e que o paciente não deve tomar medicamento por conta própria. “Ao surgirem os sintomas, a pessoa deve ir ao serviço de saúde mais próximo”. Outro remédio indicado para conter os sintomas da dengue é a dipirona.
Ainda assim, o médico Renan Marino entrou com uma representação contra o Ministério da Saúde no Ministério Público Federal, que aceitou a denúncia e deve investigar o caso. “O que mata na dengue é o paracetamol. Por negligência, o Ministério da Saúde é um dos maiores responsáveis.”
O remédio é indicado pelo Ministério da Saúde para tratamento de sintomas da dengue, como febre e dor. O órgão defende que o paracetamol tem efeitos adversos mais favoráveis quando usado em doses terapêuticas.
O médico, pesquisador e professor da Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto), Renan Marino, citado como fonte das informações do e-mail, confirmou o alerta. Segundo ele, o paracetamol afeta o fígado do paciente. “A dengue causa hepatite e paracetamol também causa hepatite química. Dessa forma, o paciente pode morrer e vai ser erroneamente diagnosticado com dengue hemorrágica, quando foi causada por paracetamol.”
O especialista afirmou, ainda, que a medicação é cada vez mais incriminada como tóxica ao redor mundo, sendo que seu uso foi considerado a maior causa de transplante de fígado na Inglaterra e nos Estados Unidos. “Não tem um trabalho no mundo dizendo que pode usar paracetamol na dengue”, afirmou. “O que está por trás disso? Preservar a vida das pessoas não é”, questionou. Para Marino, a indicação do medicamento se deve a um suposto lobby no Ministério da Saúde.
Outros dois médicos, o toxicologista Anthony Wong, do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas, e o infectologista da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), Luís Alberto Marinho também já deram depoimentos públicos contra o uso do medicamento. Wong chegou a dizer que não sabe o motivo pelo qual o remédio ainda continua sendo comercializado.
Ministério da Saúde
Já de acordo com o Ministério da Saúde, o uso do paracetamol em pacientes com dengue e com doença hepática “pode ser realizado de forma segura sem agravamento do quadro”. Em nota enviada ao eBand, o órgão defendeu que a insuficiência hepática não é específica da dengue e que a hepatite fulminante causada pela doença é “raríssima”. “O paracetamol tem sido preferencialmente usado na prática clínica devido a menor indução de irritação digestiva”, justificou o ministério.
O órgão ressaltou ainda que a recomendação de uso do paracetamol é feita aos médicos e que o paciente não deve tomar medicamento por conta própria. “Ao surgirem os sintomas, a pessoa deve ir ao serviço de saúde mais próximo”. Outro remédio indicado para conter os sintomas da dengue é a dipirona.
Ainda assim, o médico Renan Marino entrou com uma representação contra o Ministério da Saúde no Ministério Público Federal, que aceitou a denúncia e deve investigar o caso. “O que mata na dengue é o paracetamol. Por negligência, o Ministério da Saúde é um dos maiores responsáveis.”
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