Nada substitui um abraço

Vivemos em um mundo virtual; trocamos experiências e nos relacionamos através de sites de relacionamentos que tentam aproximar-nos pelo Orkut, Facebook, myspace e tantos outros que dia-a-dia nos afasta de nós mesmos e nos torna cada dia mais solitários,  menos solidários, menos receptivos, irracionais... Ficamos dias inteiros acessando a internet e vasculhando amigos, parceiros que como o computador não choram, não gemem, não suspiram, apenas atendem a nosso comando quando nos conectamos a seus aplicativos e suas páginas virtuais, irreais, mas que nos fazem sentir uma importância que não temos, pois ao lado da tela está alguem que fantasia, que mente, que omite, que trama, que superfatura, que zomba, que deseja o que não é desejo, que profana o sagrado, que penetra nos mais instransponíveis sistemas de segurança e contamina com o vírus do vandalismo mentes, corpos, arquivos, planilhas, instituições, máquinas e homens. 
Estamos à beira da falência de uma instituição chamada civilização. A sociedade com seus valores e o seu estilo de vida baseado no consumo desenfreado tem nos deixado com medo de nós mesmos, trancafiados como perigosos meliantes em cadeias domiciliares, vigiados por cartões de crédito, TV a Cabo, Internet, homebanking, redes de telefonia celular, banda Larga, monitoramento de vídeo sobre os muros altos de nossas casas, cercas elétricas, rastreamento via satélite instalado em nosso carro. Na verdade estamos mais prisioneiros que o ladrão, o bandido, pois estes não precisam gastar para se protegerem, o estado faz isso através de bons advogados, de uma boa segurança nos presídios e uma mesa farta no pavilhão prisional. Afinal, para que serve os amigos, os vizinhos, os parentes e a família se nós temos Orkut?
Só os grandes idiotas podem pensar numa realidade virtual como uma forma de aproximar as pessoas. 
Nada vale mais que um sorriso, um aperto de mão, um abraço fraterno, a alegria de saber-se bem quisto e gozar de uma amizade com parceria, com reciprocidade.
Nada substitui o prazer de um carinho, um abraço de um amigo na hora do chá, do cafezinho.

Edilberto Abrantes.

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