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O que se faz com o Sistema de Saúde nos pequenos municípios brasileiros é um verdadeiro crime. Tanto nos hospitais públicos como nos hospitais e clínicas privados a estrutura hospitalar vive a precariedade de um sistema como uma demanda crescente e um investimento pífio ou quase nada, por aqueles que gerenciam a saúde pública. Não há médicos especializados para atender as demandas e a população doente que enche os deficitários leitos dos hospitais públicos e privados. Falta equipamentos para exames de precisão como Tomografia, Ressonância Magnética, Raio-X em função de tantos traumas resultados de acidentes e suas consequências desastrosas nas ocorrências do nosso dia-a-dia.  Falta médicos especialistas (Neurologistas, Cardiologistas, Neuro-cirurgiões, Traumatologistas, Anestesistas) e tantos outros profissionais em nossas cidades do interior que vive a vanguarda da fibra ótica da telefonia de celular, a internet da rede mundial de computadores, as motocicletas e os automóveis ci

Há mais de 10 anos que a sociedade sousense clama à classe política de deputados e senadores por um projeto para trazer a Sousa a Delegacia de Polícia Federal e o IML (Instituto de Medicina Legal). E por que razão nós sousenses reivindicamos isto de nossos representantes no congresso? em primeiro lugar pela grande demanda de violência na região de Sousa, crimes e processos de toda sorte na justiça e que requer um acompanhamento ostensivo de um departamento de polícia federal na cidade. Sousa hoje, conta com uma procuradoria federal instalada na cidade; um fórum com um promotor e um juiz federal e necessita do poder investigativo de uma delegacia de polícia federal no combate aos crimes do tráfico de drogas, do crime organizado e das quadrilhas que assaltam nossa gente entrando por nossas fronteiras. Precisamos de um Instituto de Medicina Legal porque temos profissionais renomados na área e capacitação para gerir um IML. Próximo a Sousa o IML de Patos-PB não consegue suprir a de

Caiu a primeira torre da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios de Sousa Paraíba e com ela caiu o queixo do cidadão diante da surpresa, da incredulidade de ver a construção secular ruir perante seus olhos desesperançados... ávidos pela proteção divina, pelo cotidiano penitente em suas idas e vindas ao santuário para pagar suas promessas, gastar seu rosário de contas amareladas e gastas pelo esfregar e contar de mãos ansiosas pela misericórdia divina. E agora? Caiu a torre direita, caiu a credibilidade na engenharia, nas instituições públicas, privadas, no cidadão que assiste a queda deste grande monumento que representa a fé do povo sousense e se encontra mutilado, como um anjo decaído, entregue ao descaso, à descrença e à morosidade do poder público para solucionar as suas deficiências. Tudo é uma questão de matemática. Vamos fazer as contas. Você sabe quanto custa uma campanha política para governador de estado? para deputado federal ou senador? sabe quanto custa uma campanha

Não podemos combater a prostituição de nossas meninas e meninos de rua quando alimentamos a marginalidade com a nossa indiferença; com a  nossa omissão social se a gente dá de ombros e vê a questão social como algo distante de nossa realidade, como se isto não nos pertencesse, não fizesse parte de nosso dia-a-dia, do nosso mundo... quando nós idiotas pensamos que essa pobreza só existe na ficção do cinema ou nos países da América central e da África. É certo que, estendemos a mão para dar esmolas aos mendigos e pedintes à nossa porta, mas, também viramos as costas quase sempre às meninas de rua que perambulam pelos becos e esquinas de nossas cidades e brejos, sítios e pequenas comunidades (não vou falar dos grandes centros, que são hours-concour) para venderem sexo barato e de risco em troca de um sanduíche, um gole de cerveja, a luz psicodélica de um quarto de motel com sua cama redonda ou lamentavelmente em um terreno baldio qualquer, ou na bancada de um carro qualquer com teto

A violência campeia em nossas fronteiras, em nossos domicílios,  bairros e periferias; no núcleo de nossas famílias e em todos os lugares como um câncer e suas metástases corroendo, destruindo nossas possibilidades de reação, de cura, para esse mal crescente, progressivo que dia-a-dia mata nossos adolescentes, nossa sociedade civil. Sousa no sertão da Paraíba está se tornando uma região perigosa para seus habitantes. Estamos vivendo num ambiente avesso aos nossos sonhos e projetos de vida com a violência acontecendo em nosso município e o cidadão impotente e acovardado dentro de um nicho de repressão e admoestação pelas instituições que compôe o estado.  Resta-nos, protestar e manifestar nosso desconforto e insatisfação contra esse modelo de seguridade que a justiça e suas leis implantam na sociedade para proteger o cidadão, quando na realidade o papel de mocinho está reservado ao bandido, e com isso é protegido pelo estado e seus direitos humanos, enquanto o trabalhador e o cida

Qual a semelhança entre um jogador de futebol e uma prostituta? Perguntava um cidadão numa discussão de mesa de bar, a seus amigos.  - Não sei! Respondeu alguém.  Ele rapidamente saiu-se com esta:  - É que ambos ganham a vida com as pernas! e ambos são policiados constantemente para renderem pelo seu trabalho: as putas pelos cafetões e donos de cabarés e os jogadores por seus times e agora por torcedores, que policiam a vida privada de seus ídolos de futebol! Os jogadores estão aterrorizados com a onda de perseguição de que estão sendo vítimas em casa, no trabalho, nas horas de folga e lazer (alguns são ameaçados por telefone, na hora dos treinos e saem de campo escoltados pela polícia, temerosos da violência vinda não se sabe de onde...). Não podem ir a festas ou confraternizações seja de seu time ou eventos sociais de família ou de seu ciclo de amizade. Não tem a liberdade de ir e vir como todo cidadão, pela fama de celebridade pública. Antes do profissional, existe o cid

"Abençoai as hienas! que só ter piedade de nós não vale à pena!" já dizia o poeta.   Nós estamos vivendo no extremo da violência, no extremo da crueldade, da estupidez de crimes cometidos contra a pessoa humana; estamos vivendo uma impunidade vergonhosa num país que se diz de primeiro mundo, onde o respeito pelo cidadão, pelo contribuinte é zero! Nesta terra de ninguém cidadãos são assassinados diariamente pela pistolada, pelo crime de encomenda, por grupos organizados em assaltos e sequestros, roubos a bancos e a sociedade de forma generalizada. Vivemos o caos das instituições com a banalização do crime. Onde estão as instituições e sua luta em defesa dos direitos do cidadão? onde estão os representantes do povo? vivemos num país onde os políticos criam seus monstros para defender seus interesses. É lei de ficha limpa; é lei de responsabilidade fiscal; é lei de regulamentação dos próprios salários; lei de direitos humanos; lei de proteção ao direito do apenado; lei de

"Assaltaram a gramática, assassinaram a lógica..." e aí? como dizia os Paralamas do Sucesso, está difícil fazer cultura neste país, nestes trópicos com tanta gente sem saber nadar por esses mares, nessas águas cálidas pela calmaria e os passos lentos de tartaruga frente a tantos problemas que a cultura enfrenta em nosso dia-a-dia. Problemas de ordem sociocultural na relação de seus atores com a dialética e a ignorância dos envolvidos, sempre voltados para os interesses de classes e jamais do inconsciente coletivo. Muitos acreditam numa cultura de eventos, ou produções mirabolantes com grandes investimentos e grandes somas de dinheiro envolvidos neste processo de levar a cultura ao cidadão. Outros acreditam que fazer cultura é lutar por seus interesses ou da sua classe, ou em prol de um movimento cultural, de um grupo ou de uma ideia. "Cultura é regra, arte é expressão". Então, se cultura é regra, é de todos, da coletividade, da comunidade e deve ser feita pela